Tribunal de Tóquio rejeita novo pedido de fiança para Carlos Ghosn

Tribunal de Tóquio rejeita novo pedido de fiança para Carlos Ghosn

22/01/2019 às 04:00 Vista: 197 Vez(es)


Brasileiro e ex-presidente da Nissan se ofereceu para usar tornozeleira eletrônica para deixar a prisão. Ele foi detido no Japão em novembro, acusado de violação das leis financeiras. Carlos Ghosn, ex-CEO da Nissan, preso no Japão Reuters Um Tribunal de Tóquio rejeitou nesta terça-feira (22) o segundo pedido de fiança feito pela defesa do brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, preso desde novembro, acusado de violação das leis financeiras e de uso indevido de bens da fabricante de veículos. No pedido, Ghosn disse que aceitaria qualquer condição para deixar a prisão sob fiança, inclusive usar tornozeleira eletrônica. O tribunal não deu uma razão para negar o pedido. A fiança raramente é concedida para réus no Japão sem uma confissão. A decisão aumenta a probabilidade de que o executivo de 64 anos permaneça sob custódia até o julgamento. Prisão de Ghosn: o que se sabe até agora Risco de fuga O primeiro pedido de fiança de Ghosn foi negado pela Justiça do Japão, que considerou que havia risco de fuga do brasileiro do país e destruição de provas por parte do acusado. Apesar da negativa, a defesa entrou com uma nova solicitação, que deve ser julgada nesta segunda-feira. "Irei ao meu julgamento não só porque estou legalmente obrigado a fazê-lo, mas porque estou impaciente por ter a oportunidade de me defender. Não sou culpado do que me acusam e quero defender minha reputação no tribunal. Nada é mais importante do que isso para mim e para minha família", destacou Ghosn. O executivo é acusado pela Promotoria de Tóquio de esconder das autoridades fiscais compensações milionárias que recebeu da Nissan e de violar a confiança da empresa por utilizar recursos da companhia para cobrir perdas pessoais no mercado financeiro. Entre as condições que Ghosn estaria disposto a aceitar para ser libertado após pagamento de fiança estão a entrega de seu passaporte às autoridades, não se comunicar com testemunhas e se apresentar diariamente em um local determinado pela Promotoria de Tóquio. O sistema judicial japonês permite que a defesa apresente tantos pedidos de fiança quanto desejar. Saiba quem é e qual a trajetória de Carlos Ghosn Fernanda Garrafiel, Roberta Jaworski e Juliane Souza/G1 VIA: G1 > Auto Esporte

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