Nissan vai demitir mais 10 mil funcionários em nova fase de seu plano de reestruturação
19/05/2025 às 09:00 Vista: 16 Vez(es)
No mês passado, a empresa alertou que provavelmente registraria um prejuízo líquido recorde de US$ 4,74 bilhões a US$ 5,08 bilhões. Nissan Divulgação | Nissan A Nissan Motor vai demitir mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, elevando o número de cortes em massa para cerca de 20 mil ou 15% de sua força de trabalho. A informação foi antecipada pela emissora pública japonesa NHK nesta segunda-feira (12). O prejuízo anual (do ano fiscal finalizado em março) anunciado pela fabricante japonesa nesta terça-feira (13) é de US$ 4,5 bilhões (R$ 25 bilhões) No mês passado, a empresa alertou que provavelmente registraria um prejuízo líquido recorde de 700 bilhões a 750 bilhões de ienes (US$ 4,74 bilhões a US$ 5,08 bilhões), devido a encargos, sobretudo por possível impacto das tarifas dos Estados Unidos. O presidente-executivo da Nissan, Ivan Espinosa, que assumiu no lugar de Makoto Uchida como no mês passado, está reestruturando as operações da Nissan e disse anteriormente que a empresa estava considerando medidas adicionais. A empresa, que enfrenta forte endividamento, tentou há alguns meses uma fusão com a Honda, mas o plano foi abortado e agora a Nissan atua em duro plano de reestruturação. Em nota, a fabricante se pronunciou sobre a nova fase: "A realidade é clara. Temos uma estrutura de custos muito elevada e, para complicar ainda mais as coisas, o ambiente do mercado mundial é volátil e imprevisível, o que torna o planejamento e o investimento um desafio cada vez maior", declarou à imprensa o CEO da Nissan, o mexicano Iván Espinosa. A Nissan, que tinha mais de 133 mil funcionários em março do ano passado, anunciou planos em novembro passado para cortar 9 mil empregos e reduzir a capacidade global em 20%. A empresa também disse que fecharia uma fábrica na Tailândia até junho e fecharia mais duas fábricas que não foram identificadas. Na sexta-feira (9), a empresa disse que havia decidido desistir de um plano para construir uma fábrica de US$ 1,1 bilhão, para a qual receberia subsídios do governo, para baterias de veículos elétricos na ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão. O valor do prejuízo anual está próximo do recorde registrado no exercício de 1999-2000 de 684 bilhões de ienes, que terminaram empurrando a empresa para uma associação com a montadora francesa Renault, uma operação turbulenta marcada por vários problemas, incluindo a detenção no Japão de Carlos Ghosn. A Nissan não publicou uma previsão de lucro líquido para o próximo exercício fiscal de 2025-26 e limitou-se a indicar que espera alcançar 12,5 trilhões de ienes em vendas. "A natureza incerta das medidas tarifárias dos Estados Unidos dificulta estimar de forma racional nossas previsões para todo o ano sobre os lucros operacionais e lucros líquidos. Não faríamos isso se não fosse necessário para sobreviver", argumentou Espinosa. LEIA MAIS Ford Mustang manual, edição limitada de R$ 600 mil, esgota em 1 hora VÍDEO: Neta X é um SUV elétrico com bom preço, mas por que ele quase não vende? Veja a avaliação LISTA: venda de motos sobe quase 9% nos primeiros quatro meses de 2025; veja lista g1 testa o novo VW Nivus: é melhor que os rivais? VIA: g1 > Carros