Tragédia no RS: sinistros de veículos sobe para quase 20 mil e é o maior pedido de indenizações da história
19/06/2024 às 17:00 Vista: 94 Vez(es)
Apólices de seguro automotivo somam R$ 1,3 bilhão em pedidos de ressarcimento. Honda Civic inundado RS Alexandre Dias/ Arquivo pessoal O setor com mais pedidos de indenizações por conta de sinistros causados pelas enchentes do Rio Grande do Sul é o automotivo. De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), no total de todos os tipos de apólices (R$ 3,9 bilhões), R$ 1,2 bilhão foi destinados apenas para ressarcimentos de clientes que tinham veículos segurados. O estado que ainda se recupera da maior tragédia de sua história, que já soma 177 mortes e 37 desaparecidos. De acordo com novo balanço divulgado pela entidade nesta quarta-feira (19), a quantidade de sinistros aumentou de 23.441, do balanço realizado em 23 de maio deste ano, para 48.870 agora em junho, um aumento de 108%. Esse novo balanço se justifica porque, no mês anterior, o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, havia afirmado que a maioria das solicitações de indenização ainda não havia sido reportada. Por segmento, foram 22.673 pedidos de indenizações para seguro habitacional e residencial, que resultaram em um aumento de R$ 239 milhões para R$ 524 milhões em ressarcimentos. Para o setor rural, o aumento de sinistros foi de 993 para 2.215, o que representa um valor de R$ 181 milhões (284% a mais do que em maio). O número de veículos que sofreram danos foi atualizado para 19.067 (R$ 1,2 bilhão), ante 8.216 (R$ 557,4 milhões) divulgados em maio, um aumento de 132%. 📱ACESSE O CANAL DO G1 NO WHATSAPP Como acionar o seguro? Já falamos aqui no g1 sobre a possibilidade de recuperar um carro que foi inundado. Uma das cláusulas básicas que a maioria dos seguros estabelece é que os custos com a recuperação não ultrapassem 75% do valor do veículo. Antes dessa vistoria, é preciso registrar o sinistro e, de acordo com a maioria das seguradoras, o sinistro deve ser aberto pelos canais de atendimento ao segurado (telefone ou whatsapp) dentro de 30 dias após o ocorrido. Os primeiros sinais de alagamento no RS aconteceram no dia 28 de abril, com consequências fatais nos dias seguintes. Grande parte da população perdeu documentos como RG, CPF, CNH e CRLV (documento do automóvel) e, sem eles, é impossível abrir um pedido de indenização. Apesar dos esforços para recuperá-los, muitos podem não ter ficado prontos dentro do prazo de trinta dias corridos para solicitar um sinistro. (Esta reportagem está em atualização) VIA: g1 > Carros